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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dead Memories - Capitulo II - Parte I


                Depois que ele se foi minha vida mudou completamente, eu passei a frequentar os shows de rock, bebia, fumava e chegava em casa tarde da noite. Não era eu que devia ser o exemplo? O que eu estava fazendo da minha vida? Essa era uma pergunta que eu não me fazia com muita freqüência, talvez nunca tenha feito até perceber que eu ia chegando cada vez mais perto do fim da minha vida mal aproveitada. Eu também passei a ir com certa freqüência â Americana visitar a Hellen e a família. Sim, era mais por causa dela.
                Aqueles olhos dela me fascinavam, porém eu era muito tímido com as garotas aquele tempo, meu Deus, porque eu não conseguia lhe falar o que eu sentia? Nós já tínhamos grande afinidade e ela dizia sempre que íamos casar, não sei se era brincadeira ou qualquer coisa do tipo. Preciso me lembrar de perguntar a ela. Porém, brincadeira ou não, cada palavra dita, cada tarde sorrindo ao lado dela faziam com que o sentimento que eu vinha guardando crescesse mais. Eram marcantes todos os momentos ao lado dela, quando estávamos juntos, eu não conseguia pensar em nada, só conseguia enxergar Hellen.
                Lembro de quando eu decidi que cigarro era uma droga e que não fazia mais parte da minha vida, foi por volta de março de 2008, quando eu entrei para equipe de atletismo da Orcamp – Unimed e foi nesse período que comecei a dar valor ao meu corpo, aos meus dias e a tudo que eu vinha desperdiçando desde que meu pai falecerá. Estando na equipe eu consegui crescer mentalmente de uma maneira surpreendente, essa é uma característica minha, crescer, crescer mais a cada dia, no meu ponto de vista eu nunca estou “grande” o suficiente e gosto de pensar assim, pois isso me motiva a ir muito mais além do que todos pensam que eu posso fazer ou ser. Fiz grandes amizades na equipe, havia uma turma que era do colégio e estávamos sempre juntos, nos intervalos, nas bagunças em sala, no ônibus rumo ao treino e no ônibus de volta também, nós entravamos no ônibus cansados e mesmo assim ainda achávamos forças pra bagunçar um pouco mais e acabar com a paciência de alguns passageiros. Meu Deus, adolescência é uma faze tensa; que saudade.
                Eu me lembro de certa vez... No fim de semana ia rolar uma festa num salão de eventos aqui em Campinas e eu estava voltando do meu curso e resolvi ligar pra Hellen e convidar ela. Obtive resposta positiva ao convite, ela viria junto com a tia Micaela, que apesar de tia, era jovem e adorava uma balada. Convidei também meus amigos e amigas e então fomos todos para a festa no sábado, o ônibus estava lotado, o trajeto até o local normalmente demorava uma hora, mais dessa vez creio que levou quase duas. Meu celular tocava de quinze em quinze minutos, era ela ligando, nos apressando por que já estava esperando no local marcado, mas o que nós poderíamos fazer? Chegamos lá por volta das três da tarde e fomos direto para o salão onde esperamos na fila por algum tempo. Ao chegar ao portão de entrada minhas queridas Hellen e Paola haviam esquecido o R.G que era necessário para entrar. Então tivemos que falar com os seguranças, ligar para a mãe da Paola e convencer o segurança a falar com ela no celular. Oh My Fuck!
                Em fim conseguimos entrar, dançamos até as pernas doerem e o momento que eu nunca esqueci até hoje, que quase custou uma vida, foi o em que meu melhor amigo beijava a garota que todos os meus instintos me diziam que eu amava. Ok, minha noite acabou, sentei na escada do camarote e fiquei até que todos decidissem que estava tarde e que precisávamos pegar o ultimo ônibus. Andei todo o trajeto até o ponto de ônibus calado e quando alguém fazia algum comentário direcionando-se a mim, eu abria um sorriso plástico que me doía de tanto forçar. O pensamento que vinha a minha cabeça durante a caminhada era “fique calmo, existem várias mulheres no mundo e não vale à pena socar a cara dele, simplesmente o ignore!”. Como eu sofri, tendo que agüentar aquele imbecil (sim Pablo você sabe que foi um grande relaxo da sua parte) citando qualidades que ele dizia conhecer nela apenas por um beijo e alguns passos abraçados. Ódio! Já passou por isso?

2 comentários:

Vivian disse...

...velhos tempos, mas não tão
velhos assim, né menino?

continue escrevendo que eu
adoooooro!

ah
e gravando tbm...rsrs

bjbjbj

Anitha disse...

Estive aqui! ;)