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domingo, 10 de março de 2013

A Xícara


Então, me pego tomando café na tua xícara. Não parece nada extraordinário, mas comigo é assim, tudo sempre tem um motivo, uma explicação.
Explico que é porque sinto saudades. E inconscientemente, estou tomando na tua xícara para te ter mais perto. Bem firme em minhas mãos, tão perto dos meus lábios, é dessa maneira que eu gostaria de te ter!

Já reparou quantas coisas tuas tem por aqui? Tua coruja me observa bebendo em ti. Eu olho para ela como quem diz que esse é um momento nosso e que ela deveria sair dali, ou ao menos se virar.
Sem êxito nas minhas reclamações, decido que me virar é a melhor maneira de obter privacidade por aqui.
Deparo-me com tuas pelúcias, com teu vestido, com teus bilhetes, com a nossa cama...  Então me deito ali, tentando te sentir, tentando te enxergar.
Procuro por tuas mãos, por teus pés, por teu sorriso ou um olhar. E nada.

Continuo a beber em ti e o café parece nunca acabar, assim como o meu amor. E essa vontade de te ter. A onde você esta?


M.

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